
Um pingo em meio ao oceano, indiferente, invisível. Se vaporiza, na tentativa de sumir, se divide em pedaços mínimos, vaga pelo todo, buscando um lugar para se liquefazer...
Seu trajeto é tão distante, que passa por muitos lugares, são muitas coisas, faz parte do nada, apenas observa...
Em tempo idos, molhava a terra e provia o mundo...
Quando na escuridão, desaparece por completo. Mas se iluminado, vibra em muitas cores, reflete raios e ilumina seu caminho...
Mas invariavelmente, neste eterno inverno, não se permite liquefazer, transcende a lógica, e sublima. Abraça o gelo cristalino e inerte, aprisionando suas esperanças até a próxima primavera.