quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Despertar



Detalhes.
No momento oportuno, o reencontro se deu.
Uma improvável brisa em meio ao calor calcinante, por entre memórias de palavras ditas, não ditas, subentendidas.

Similaridade até no caos,
Um convite à cumplicidade,
Despertar do receio de sonhos taciturnos.







domingo, 21 de dezembro de 2014

Prelúdio



O sol se põe, no prelúdio de uma noite vazia, que nada pretende, além de ser como mais uma qualquer. Enquanto sorrisos falsos são moldados a ouro, a brisa irônica sussurra o que poderia ser o prelúdio do reencontro.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Ocaso


Cena 1
Entre a multidão sem face, no ocaso, quando o sol toca o chão e as sombras desvanecem. O olhar perdido, lançado a esmo, como se não se importasse, enquanto observa, anseia. Alimenta o imaginário, o momento da antecipação. O Louco, em busca de nova jornada, sem destino ou propósito, em suspenso.
Aguardando pelo springwind...

Cena 2
Lançou a carta ao vento e entrou no jardim, sem se importar com as memórias, mesmo sob os silenciosos protestos dos faunos. Já não importava o infortúnio, nem a frustração causada pelas feridas purgantes, não existia trama, nem impulso, apenas curiosidade. O que não se conhece, intriga, ao mesmo tempo que adoça.
Desperta...



sábado, 13 de dezembro de 2014

Dente-de-leão


Era uma vez...
Não, não apenas uma vez, várias vezes. Incontáveis, na verdade.
Em que o gostar sem recíproca verdadeira, assombra as manhãs, tardes e noites.
Em que o silêncio dos caros fere.

Incontáveis.
Em que o sorriso fácil, amarga como o café do dia anterior, requentado, fervido.
Em que o desejo de partilha, seca e se esfarela.

Em que os bons momentos alçam voo.
Pra voar ao longe com o vento indiferente das manhãs seguintes.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Espera


Sento e espero, enquanto o café esfria, o vento fuma meu cigarro e a vida, esta faz uma pausa prosaica, indolente, quase rindo do tempo que escorre pelas calhas e bueiros.

O sortilégio, incoerente, jaz nas estórias perpétuas e inconstantes, faz-se latente, gritante e necessário.

Enquanto espero, pensamentos são corroídos por memórias vis, abafados, esmagados, repuxados e contorcidos... distorcidos.

O Valete, perdido.